segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Depil(ação): o que ELAS e ELES pensam



A depilação é um costume muito presente em grande parte das sociedades!

Fiz, para algumas mulheres e para alguns homens,  questões sobre o assunto!

Acompanhe:

ELAS


1)Você se depila? Por que?

Shakira: Sim. Por motivos estéticos. Acho feio pentelho saindo do biquíni, e tb não gosto de ter bigode. Além disso, depois dos 40 esses pelos começam a ficar brancos, e fica mais feio ainda.

Kate: Sim, porque fica feio né, principalmente quando se tem namorado!! Ahhaah..parece que a gente é relaxada quando não se depila! e até dá vergonha né..

Britney: Sim. Por higiene e estética!

Miley: Sim, pela higiene né!



Madonna: Sim, porque a sociedade me obriga, e pq é gostoso ficar lisinha, fico mais excitável.


2)O que sente enquanto está se depilando?

Shakira: Dói, mas é suportável.


Kate: Dor e ansiedade né.. pra quando vai puxar (me depilo com cera).

Britney: Raiva dos homens, eles nao precisam fazer isso.

Miley: Dor.

Madonna: Dor, revolta feminista, me assumo masoquista.

3) O que pensa das mulheres que não se depilam?


Shakira: É uma escolha pessoal... cada um sabe o que é melhor. acho feio, mas acho que o direito de escolha está acima de tudo...
além disso, é cultural, né. no brasil as mulheres se depilam muito, a ponto de existir a tal "depilação brasileira". em outros lugares não é comum raspar as axilas.. mas acho horrível quem diz que uma mulher com muito pentelho não cuida da higiene.... nos anos 70 todo o mundo tinha mto pentelho.

Kate: Não penso nada, acho que cada um deve fazer sua escolha e se sentir bem com ela.

Britney: Não faço ideia... Baixa auto estima, talvez?

Miley: Que não são muito higiênicas.

Madonna: Acho que elas são muito corajosas e imagino que sejam boas de cama. Selvagens, instintuais.

4) O que pensa que os homens acham das mulheres que não se depilam?

Shakira: Já ouvi alguns falarem que é falta de higiene. Acho que os da minha idade gostam de pentelho e os mais novos já se acostumaram com o bigodinho de hitler, então estranham.


Kate: Acho que eles não gostam, acho que pensam que a mulher é mais relaxada.. que não é tão vaidosa.

Britney: Essa eu realmente não sei responder...Acho que pensam que a mulher nao se cuida.

Miley: Que não são muito higiênicas.


Madonna: Acho que eles pensam que elas tem personalidade forte demais, que não se curvam aos padrões sociais, que querem se igualar a eles.

5) Em termos de depilação, qual sua preferência pessoal?



Shakira: Minha preferência pessoal é depilar virilha e ânus. E bigode. As axilas eu raspo com gilete.


Kate: Depilação feita com cera… eu tiro, axila, pernas, buço, virilha e reto.

Britney: Depende do dia e do meu humor, nao tenho uma preferência fixa. Varia bastante!

Miley: Depilo mais com gilete, mas prefiro cera. Tiro tudo.

Madonna: Eu tiro meia perna e virilha, na virilha gosto de deixar tipo um triângulo normal em cima, e embaixo tiro tudo. Eu não tirava o buço mas aí um dia um garoto me falou que eu tinha bigode, e daí comecei a tirar.

6) O que acha de homens que se depilam?

Shakira:  Gosto de homens com pelos. Quer dizer, não gosto dos que se depilam.

Kate: Acho ótimo.. principlamente os que tem pelos no peito e barriga
mas acho estranho quando é na axila ou pernas..

Britney: Acho que isso deve partir deles, cada um deve fazer o que acha necessário pra se sentir bem. Jamais pediria pra um namorado se depilar, nao me importo muito com isso.

Miley: Acho muito legal da parte deles, afinal, é  higiente igual né!

Madonna: Não me sinto atraída sexualmente. Posso até achar bonito e tal, mas não me desperta tesão. Geralmente. Ferormônios se grudam nos pelos.




ELES


1) Você se depila? Por que?

Arnaldo:  Não, porque não vejo a necessidade… se eu fosse um Tony Ramos....

Raul: Homem que se depila me deixa muito confuso, conheço heteros que fazem isso mas eu jamais faria uma porra dessa, evito torturas medievais o máximo possível…não me depilo pq não curto sofrimento e acho que pelo faz parte da vida.

Caetano: Eu não.. pela minha natureza filosófica, mas depilei uma perna pra um procedimento medico e gostei.  Fica macioooo.

Bono: Não, não gosto de depilar, prefiro aparar.

Michael: Sim, não gosto de pelos.

2) O que pensa das mulheres que não se depilam?

Arnaldo: é uma pergunta que empurra um juízo normativo....se eu disser que não penso "nada", no sentido de não fazer uma associação entre ser "peluda" e ser "suja", ser "fedorenta", etc...só debaixo do suvaco que esteticamente não é lá muito atraente, mas isso nao me leva a pensar "ela é isso", ou aquilo.

Raul: Acho que elas tão no direito delas, nem ligo, já fiquei com algumas desse estilo, mas confesso que é extremamente raro, vi uma ou duas na vida. acho em muitos casos desnecessário pra mulheres, acho que homem que deixa de pegar uma menina pq ela ta mal depilada é porque não curte a fruta!


Caetano:  Gosto, aceito. A única coisa que acho feio é suvaco cabeludo. Pentelhos eu gosto, pernas não sei.

Bono: Acho- as anti-higiênicas. Hahaha.

Michael: Princípio de uma mulher relaxada.

3)O que pensa que as mulheres sentem enquanto se depilam?

Arnaldo: Dor.. essa é fácil.. ou que estão fazendo algo doloroso, mas necessário.


Raul:Dor. Umas taradas podem sentir prazer também… Não descarto.

Bono: Dor e prazer.

Michael: Dor e uma sensação de higiene.

4) Em termos de depilação, qual sua preferência ?

Arnaldo: Peladinha. ;)

Raul: Preferência... sinceramente não sei, talvez varie de mulher pra mulher, não consigo imaginar um padrão preferencial não…sinceramente não é algo que eu fique muito obcecado não.

Caetano: Sei lá.. Pernas.. O mais suave e sexual.

Bono: Pernas.

Michael: A mais conhecida como moicano, conhece? Gosto de moicano e sem nada. A moicano é um dedinho de cabelo e só. Acima do clitoris.

5) O que pensa de homens que se depilam?

Arlando: Acho meio metrossexual…um narcisismo que transborda nessa direção…

Raul: Então, acho incompreensível, quando não é ligado à profissão (modelo, sei lá) ou esporte (nadador)…normalmente associo aos gays isso mas até sei que muitos heteros tb fazem, mas não entendo pq.


Caetano: Acho um pouco afrescalhado mas aceito. Essa pergunta é mais complexa, envolve tipos de sociedade e consumo, padrões de sexualidade, narcisismo.

Bono: Acho muito metrosexual.

Michael: Acho que são homens que você nunca vai ter uma reclamação em termos de limpeza, ou melhor, de higiene.





















quarta-feira, 11 de julho de 2012

SOBRE A AGRESSIVIDADE - com Ionan Ferreira Santos



Meu querido amigo e colega Ionan Ferreira Santos acabou de concluir o curso de Psicologia comigo, e já é formado em Direito há bastante tempo, mas escolheu não trabalhar na área. O seu trabalho de conclusão de curso foi sobre Noção de Agressividade em Psicanálise, tema interessantíssimo e bastante relevante aos estudiosos e interessados na subjetividade. 

Suas palavras sobre o assunto:

"Segundo a Psicanálise, a agressividade é constituinte dos seres humanos e existe, independentemente, da vontade deles. Para Freud, a agressividade aparece mediante provocação e se disfarça de múltiplas maneiras. A intenção de agredir é uma das diversas manifestações da agressividade e se encontra em uma das cinco teses de Jacques Lacan.
Para Sigmund Freud, a agressividade está ligada a pulsão de morte e a destrutividade (de si ou do objeto). Por outro lado, Lacan correlaciona agressividade com narcisismo. Ele nos ensina que ambos se apresentam como dois lados da mesma moeda. Ou seja, quando o narcisismo é arranhado aparece a agressividade do sujeito.
Em Freud, a sexualidade é perverso-polimorfa. E assim, a agressividade também se faz presente nas relações sado-masoquistas, pela via do erotismo, cujo investimento libidinal da pulsão sádica se destina na destruição do objeto. 
Como já dizia Freud, a agressividade é constituinte do ser humano. O problema consiste no que fazer com ela. E isto tem a ver, primeiramente, com o histórico de vida do sujeito, a primeira infância, o complexo de Édipo, a entrada na sexualidade. 
Como já citado anteriormente, nos ensinamentos de Lacan, a agressividade tem a ver com o narcisismo do sujeito, que é constituído pelo "eu ideal", o "ideal do eu" e o estádio do espelho, ou seja, de como o sujeito se vê através do Outro.
A psicanálise nos ensina como a pulsão agressiva opera no sujeito, e fora dele. 
Quando a agressividade é canalizada de maneira positiva, presenciamos múltiplas contribuições a favor da civilização e da evolução da humanidade."  

Obrigada amigo, por compartilhar o saber!

E aí pessoal, que pensam sobre a agressividade?

Contribuam!




sexta-feira, 15 de junho de 2012

O CASAMENTO




O casamento foi, historicamente, uma das instituições sociais mais valorizadas. Era algo certo, um tanto quanto óbvio, um destino: o ser humano nascia, crescia, se casava, se reproduzia, e morria.
Ainda, nos dias de hoje, grande parte de nós nasceu no seio de uma família nuclear, de um casamento. Contudo, contemporaneamente, essa instituição – o casamento-  sofreu transformações. O individualismo exacerbado vivenciado em nossa sociedade de consumo, leva-nos a desejarmos cada vez menos o comprometimento, buscando uma liberdade que, muitas vezes, é encontrada de forma ilusória. Estabelecemos, entre nós, relações líquidas, superficiais, utilitaristas, que são cada vez mais comuns.
Por outro lado, temos como nunca a opção de escolhermos a pessoa com a qual queremos nos relacionar. Segundo Bauman, na modernidade líquida, período em que vivemos, não há uma falta de valores, e sim, um excesso de valores e informações. Diante disto, precisamos escolher.
Perguntei, a algumas pessoas solteiras, que possuem idade de vinte a trinta anos, sobre o casamento.  O que notei foi que o comprometimento formal, do tipo casar na igreja, no cartório, perdeu valor em relação a outras formas de estabelecer vínculos que são mais informais ( do tipo ir morar junto e experimentar para ver se dá certo a convivência).  Alguns dos entrevistados se mostraram um pouco desiludidos com as promessas de amor eterno, oferecidas pelo casamento tradicional. É interessante notar que, apesar das desilusões, todas as pessoas entrevistadas falaram que sim, desejam se casar um dia.  Entretanto, as opiniões sobre o casamento são diversas. Leia as perguntas e respostas:


1-O que você pensa e sente sobre o casamento?

Kevin: Necessário para a constituição da família, convenção social criada pela igreja, fim da farra para o homem.

Sara: Casamento de verdade, no papel é algo de dois lados, ou para unirem duas pessoas com pouca condição financeira e tentarem melhorar de vida juntos, para poderem comprar uma casa e etc junto....agora se for amor e somente amor, pode ser sem o casamento contrato e sim uma celebração, uma benção de amor...e eu sinto que isso uma hora da minha vida será preciso, para eu sentir a segurança da procriação.

Flora: Eu penso que é uma instituição em que duas pessoas se comprometem e fazem um pacto verbal ou não para estabelecer regras de boa convivência que farão a manutenção do amor que os une. É importante que seja uma decisão refletida por ambos.

Nick: Eu penso que casamento é algo complicado e parece que tá cada vez mais dificil de dar certo no mundo de hoje.. então acabo sentindo "receio" quando penso em casamento.

Jorge: Penso que o casamento é uma das coisas mais lindas quando falamos de amor e união, porem sinto que hoje em dia ele esta sendo cada vez mais banalizado e menos valorizado, se tornou algo muito mais comercial do que sentimental.
Kate: Eu já nasci querendo casar... não nasci pra ser sozinha e tbm não me vejo solteira e nem "juntada", rs.


Alex: A idéia de casamento é uma ilusão, que se concretiza com a frustração na prática dessa ideia idealizada. O casamento é formado por um coletivo de interesses individuais raramente pautados pelo amor, que é outra ilusão, utópica e instável.Habitantes de países nórdicos nao se preocupam mais em oficilizar um vínculo afetivo, por não considerarem tal compromisso como prioridade na vida. Comparativamente, mulheres do mundo árabe ao se casarem, terão praticamente como obrigação conduzir tal relação pro resto da vida, sob pena de serem mal vistas e apedrejadas como punição.Nesses dois cenários, acredito que o Brasil está em um meio termo entre o pleno atraso árabe e o convívio maduro existente entre casais nos países nórdicos.Somos uma sociedade conservadora, fortemente apegada a valores tradicionais cristãos-medievais, temos um longo caminho pela frente.

2- Quais são as suas experiências com relação ao casamento na sua vida? Você acha que elas influenciam a sua idéia de casamento?

Kevin: Uma lata de merda coberta de mel..hahaha.

Sara: Minha experiência com casamentos são de acordo com as épocas, tive o prazer de ir a festa de casamentos de 70 anos de meus bisavós, assim como eles essas coisas ja não existem mais, depois ví o romprimento da minha vó mas sem o divorcio, e por fim...minha mãe que pode se divorciar legalmente, casamento pra mim tem começo meio e fim, infelizmente.

Flora: Com certeza os modelos que nós observamos, principalmente os familiares, são base para que nós queiramos o mesmo ou completamente diferente. Com certeza os modelos que nós observamos, principalmente os familiares, são base para que nós queiramos o mesmo ou completamente diferente. De qualquer forma serve como referência. No meu caso, eu busco a diferenciação do relacionamento que meus pais tiverem.

Nick: Tenho pais divorciados e conheço muitas pessoas que tambem se divorciaram.. e isso influencia sim na minha idéia sobre o casamento.. acabo não confiando muito na monogamia.

Jorge: Nao tenho muitas experiências, eu mesmo nunca casei, mas espero casar e que dure para sempre. Minha mãe ja faleceu, mas creio que se nao fosse por isto eles estariam juntos ate hoje, digo isso pq hoje meu pai é novamente "casado" e eles tem uma relação muito boa, afinal existe o amor.

Kate: Meus pais são bem casados, felizes... são muito diferentes, no entanto, e isso não faz sentido... meu pai é mto mais sociável e engraçado, enquanto minha mãe poderia viver dentro de uma igreja ou numa caverna... quanto à casamento, só tive boas influências deles... quanto à família, me vejo tendo uma completamente diferente, mais aberta, com mais diálogo, mais "fácil"...


Alex: Não tenho expectativa sobre casamentos. Não enxergo o evento matrimonial como um fim, mas como uma etapa desnecessária, principalmente quando oficializada em cartório. A não ser que o $$$ compense, a final, o casamento é uma convenção social.

3-Deseja se casar um dia? Por que?

Kevin: Sim, pra ter filhos.

Sara: Desejo me casar um dia, nao apenas para fazer uma festa de casamento para os outros falarem mal, mas para haver um marco de amor, demonstrações de amor sempre são válidas....

Flora: Sim. Acredito que duas pessoas que se amam e se respeitam podem construir uma vida juntos. O casamento é um passo importante e oportunidade de crescimento e aprendizagem.

Nick: Desejo, mas não sei sobre quais circunstâncias, ou se ia ser um casamento tradicional. O pq é.. Aquela coisa de ter alguem do lado sempre, poder confiar e viver coisas juntos. Cumplicidade.

Jorge: Como já disse sim, quero casar, e se Deus e ela quiserem tomara que nao demore muito. Porque neste caso acredito em amor pleno.

Kate: Não vejo a hora de ter o "meu marido", "minha casa", "minha família". acho que quando isso acontecer eu realmente vou estar "vivendo a minha vida"... kkk irremediavelmente romântica, fazer o que...


Alex: Não faço planos nesse campo. Os argumentos supracitados justificam.

4-Diga 3 palavras que se relacionam com ‘casamento’ para você.

Kevin: Confiança, família, parceria.

Sara: Aliança,lua de mel e gravidez.

Flora: Amor, respeito e construção.

Nick: Sexo, Amor e Filhos.

Jorge: Amor, cumplicidade, companheirismo.

Kate: Certeza, carinho, companheirismo.


Alex: Ilusão, interesse e companhia.


Comente e nos diga você o que pensa sobre o casamento!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

HOMENS FALAM SOBRE A (IN)FIDELIDADE : PERGUNTAS E RESPOSTAS



Sabemos que os aspectos biológicos, psicológicos e sociais nos diferenciam a todos, e como mulheres, somos curiosas a respeito do comportamento masculino.
Para nutrir, e ao mesmo tempo acalmar um pouco da nossa sede de saber sobre eles,  fiz, para alguns homens, perguntas sobre o que pensam e sentem sobre a (in)fidelidade.

As respostas estão muito interessantes. Confiram:


1- O que significa fidelidade pra você? Considera algo importante?

Apolo: Fidelidade para mim é manter um relacionamento afetivo somente com uma pessoa, e penso que para manter essa fidelidade, é preciso cultivá-la e não apenas praticá-la. É algo importante principalmente por uma questão cultural, pois crescemos em um mundo que já está pronto  e aprendemos desde cedo que o correto é manter um relacionamento monogâmico, para sermos aceitos pela sociedade.

Jimmy: É muito importante sim. Fidelidade, para mim, é respeito. Ser fiel a alguém é respeitar essa pessoa, ser infiel é desrespeitá-la.

João: Hmmm.. é algo importante sim, e significa estar com uma só pessoa. Mas tem diferença entre homens e mulheres. Um homem pode acabar ficando com outra pessoa numa noite mas gostar somente de uma. Homem é foda né, acontece isso, mas não tolera que aconteça o mesmo com ele.

Jonas: Fidelidade para mim é quando uma pessoa está esclarecida do que quer. Um homem/mulher esclarecido sabe o que quer... então, via de regra, é fiél e não tem motivos para se desviar.

2- Responda com sinceridade, ao menos, tente. (hehehe) Quando você está em um relacionamento estável, você é fiel? Se sim, em média, por quanto tempo? Se não, porque?

Apolo: Nem sempre.. ao mesmo tempo em que a sociedade nos cobra fidelidade, nos bombardeia com estímulos de todos os tipos e nos ensina a não resistí-los. Então, tudo depende do aparecimento de oportunidades. Para me manter fiel, tenho que evitar qualquer tipo de situação que ofereça algum tipo de perigo a fidelidade. Mas nem sempre isso é possível. Resumindo, existe um esforço sim, para manter a fidelidade quando estou em um relacionamento estável, mas ele nunca é estável o tempo todo... existem brigas, frustrações, altos e baixos.

Jimmy: Tenho orgulho de dizer que nunca traí ninguém dentro de um relacionamento, mas confesso que dentro da nossa sociedade esse comportamento chega a ser estranho, conheço poucas pessoas que mantenham esse respeito em todas as circunstâncias de flerte. Mas sinceramente, não sou a regra, talvez seja por que a minha família me transmite valores.

João: Sim, sou! Nunca traí alguma namorada.

Jonas: Quando estou em um relacionamento sério sou fiel 100%, caso contrário, quando não há compromisso de ambas as partes - relacionamento aberto - não vejo por que não poderia dar oportunidade para conhecer gente nova.

3- Como você se sente, enquanto homem, quando trai?

Apolo: Instintivamente falando, o sentimento é natural, quase que como uma necessidade ( do tipo, perpetuando os genes para garantir a sobrevivência da espécie). É praticamente uma sensação de cumprir o dever. Enquanto homem social, existe a culpa e o arrependimento, claro. Mas como na grande maioria dos casos, é algo extremamente efêmero e puramente físico ( sem qualquer ligação emocional), essa sensação ruim também se ameniza.

Jimmy:  Como nunca traí, o que consigo fazer é imaginar meu sentimento caso tivesse traído. E o sentimento é de 'arrependimento'. Quando isso acontece, o que acredito, é muito mais instintivo do 'animal' ser humano do que algo puramente racional ou simplesmente porque não há amor e respeito no relacionamento. Mas sei que existem relacionamentos mais modernos onde se os companheiros se sentirem atraídos, estão "liberados". Acho interessante, mas pra mim não serviria. 

João: Nunca traí namorada, mas já fiquei com duas pessoas mais ou menos ao mesmo tempo. A sensação é aquela de que "tudo que é proibido é mais gostoso". E é mesmo, pelo menos pra mim, essa sensação é muito boa. 

Jonas: Inseguro.

4- Você pode amar uma pessoa, estar apaixonado por outra, e ainda sair só para fazer sexo com outra? Qual a relação que você faz entre amor, paixão e sexo?

Apolo: Isso pode facilmente acontecer. Eu, particularmente, não vejo muita distinção entre paixão e sexo, pois para haver sexo, precisar existir um estímulo, precisa ter tesão. Essa coisa de momento, química e visceral, é o que eu entendo por paixão - sem ela, o sexo vira algo puramente mecânico e perde a graça e o sentido, para mim.

Jimmy: Amar uma pessoa e estar apaixonado por outra já são sentimentos contraditórios, acho que quem passa por isso está muito confuso(a). Agora, considerando o sexo como algo efêmero, sabemos que isso é possível sim, no entanto, caímos na questão da fidelidade. Eu não me sentiria bem.

João: Amar alguém e estar apaixonado por outra, não existe pra mim. Um homem pode mesmo gostar de uma pessoa e acabar ficando com outra, ainda mais pelo sexo... sexo por sexo é necessidade física, então acaba existindo um envolvimento com outra pessoa além daquela guria que tu realmente gosta. É  necessidade, o perigo, o tesão principalmente. 

Jonas: Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade...
(Rita Lee)
É difícil definir amor e paixão né...


5- Na sua opinião, porque muitos homens não conseguem ser fiéis?

Apolo: Eu acho que é muito mais uma questão instintiva do que qualquer outra coisa. Se observarmos no mundo animal, pra garantir que o seu material genético seja passado adiante, o macho precisa fecundar o maior número de fêmeas possível, garantindo assim uma maior chance de que uma delas gere uma cria. Então, não existe uma seleção muito qualitativa, mas sim quantitativa. Por outro lado, a fêmea tem uma gestação pra carregar, então ela busca um macho com as melhores condições de gerar uma cria capaz de sobreviver no ambiente hostil que é a natureza. Trazendo isso para nossa sociedade, existe por um lado uma questão patriarcal difundida culturalmente, onde as atitudes do homem são consideradas aceitáveis, como o ato de trair, e a mulher é coloca em uma posição submissa. Esses valores somente contribuem para a valorização da infidelidade masculina.

Jimmy: Hoje não são só os homens, as mulheres também. Os círculos sociais de amizade são maiores, todos tem muitos mais amigos que antigamente, ou seja, mais tentações, pessoas bonitas, interessantes, atraentes, etc. A traição sempre existiu, mas a cultura de termos vários relacionamentos é mais recente. Acho que caímos em tentação com facilidade, talvez seja aí onde se diferenciam as pessoas especiais/fiéis das outras.

João: Eu acho que são mais fiéis do que as mulheres imaginam. E hoje em dia, cada vez mais vejo mulheres tão infiéis quanto homens. Quando se quer, se faz. E mulher é pior, porque ela trama o fato. O homem é mais burro quanto a isso, vai na emoção do momento. Por isso a casa cai. As mulheres planejam melhor, arquitetam a coisa de um jeito que a moral delas continue intacta.

Jonas: Porque não fazem suas escolhas norteados por princípios. Quem trai, o faz porque fez uma escolha que não valoriza. Escolheu estar com alguém que não representa nada para ele. Eu acho que o stress também faz com que o homem queira pular a cerca.


6- Aceitaria que a sua namorada fosse ocasionalmente infiel?

Apolo: Essa pergunta é difícil, porque a sociedade nos ensina a condenar a infidelidade, por questões culturais e religiosas que são marteladas nas nossas cabeças. Por outro lado, a infidelidade é uma realidade presente em todas as esferas e praticamente todos os relacionamentos, nem que seja materializada apenas na vontade de torná-lo real. Então, pra responder a pergunta, o desconforto social que a infidelidade me causa ( tipo, o que os meus amigos vão dizer sobre isso? meus pais vão me condernar!), faz com que eu não consiga aceitá-la. 

Jimmy: Claro que não. O engraçado é que até os infiéis responderiam isso também, ou, ainda, justificariam suas traições perguntando: "o que garante que sua mulher também nunca o traiu ou trai?"

João: Não aceitaria em hipótese alguma se fosse namorada. Se fosse só um caso, talvez relevasse.

Jonas: Namorada não, mas uma ficante não tem obrigação de ser fiel.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

"PARA ESQUECER UM VELHO AMOR, NADA MELHOR DO QUE ENCONTRAR UM NOVO." SERÁ?




Sempre fui dramática! E a minha querida vó, enquanto viva, ao observar meus excessos de sentimentalismo pós-ruptura de relacionamentos, sempre me dizia: “A melhor forma de esquecer um velho amor é arranjar um novo!”
Mas será?
Realmente fica muito mais fácil esquecer alguém quando já se tem outra pessoa na cabeça. Essa pode ser uma saída prática para quem ainda sofre por uma desilusao amorosa. Mas qual o fenômeno que explica essa mudança tão rápida de objeto de amor?
Freud chamou de transferência, e este conceito psicanalítico é definido como a “posta em ato da realidade do inconsciente”. O que isto quer dizer?
Que inconscientemente transferenciamos. O modelo das nossas relações primordias – que foram com os nossos pais e irmãos ou com as pessoas com as quias mais convivíamos na infância - estrutura a nossa forma de se relacionar com as pessoas que mantemos vínculos de intimidade ao longo da vida. Não que exista um determinismo absoluto, mas sim, existe uma tendência a ser seguida, digamos assim.
Na tranferência, vivências, memórias, afetos, que são oriundos de uma situação que se deu no passado, são reatualizados, e sentidos como se fossem presentes. Isso explica o fenômeno da repetição, quando muitas vezes nos vemos em circustâncias muito parecidas, sentindo como já nos sentimos antes, embora tenhamos mudado de cidade, namorado, amigos, etc. A posição subjetiva é a mesma.
Quando transferimos o nosso amor, de uma pessoa para outra, em uma espécie de fuga, estamos agindo sob efeito do fenômeno da transferência. E qual o perigo disto? De repetirmos a mesma história, sempre e mais uma vez.
Jacques Lacan disse: A transferência é o amor!
E por mais que sejamos analisados, nunca estaremos livres de transferenciar! Principalmente quando estamos emocionalmente envolvidos com alguém, nunca teremos completo controle da situação, e isso nem é desejável.  Agora, o que é desejável, é que estejemos esclarecidos do nosso inconsciente, da nossa maneira singular de estabelecer as tranferências na vida, e isso se constitui como ser um sujeito advertido, menos alienado de sí mesmo.
Portanto, se eu fosse dar uma dica, eu diria, para esquecer um amor,  reencontre-se.  Ou seja, observe-se. Relembre as suas antigas relações, e as formas com as quais elas se estabeleceram. Critique-se criativamente, ou seja, perceba-se, veja em que pontos você está preso, quais são suas demandas, as quais você submete ao outro, sem ao menos se dar conta. É claro que isso não é algo fácil, e você pode encontrar melhor encaminhamento se iniciar um processo terapêutico.
Amar amadurecidamente é um ganho a longo prazo, e que não precisa excluir a paixão, a loucura, a fantasia.
Então ,você estará apta para encontrar realmente um NOVO amor, e para fazer um novo fim para a sua história a dois!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

PROTEJA-ME DO QUE EU QUERO: RELACIONAMENTOS PROBLEMÁTICOS E O GOZO



O senhor Freud, ao teorizar sobre sua psicanálise, iniciou seu percurso acreditando que  o psiquismo humano era regulado pelo princípio do prazer. Ou seja, pensava que buscamos obter prazer através das nossas experiências de vida, e que fugimos daquilo que possa nos oferecer o oposto, a dor ou o sofrimento. Contudo, a partir de suas observações clínicas, ele percebeu que as coisas humanas não eram tão simples assim. Notou que, em muitos dos casos que atendia, as pessoas relatavam a repetição de situações extremamente dolorosas em suas vidas, e que, pasmém, ao invés de se livrarem destas situações, elas as mantinham. Muitas vezes, trocavam de objetos - por exemplo, trocavam de namorado, cidade, etc - mas mantinham a posição subjetiva perante aos fenômenos externos. Elaborou, então, noções que vão Além do princípio do prazer; ao compreender que o ser falante goza, também, através do sofrimento e da dor.

Muitas pessoas se envolvem em relações problemáticas. Os exemplos pipocam por aí. Não podemos negar que os conflitos relacionais envolvem a intensidade. O revés de um profundo amor abriga um profundo ódio. Diversos casais se excitam por meio de brigas, discussões, manifestações agressivas, e depois se entendem, e muito bem, na cama.
Quando tudo está indo bem, obrigada, algumas pessoas precisam inventar algum problema, alguma confusão, alguma coisa que vá desconstruir a aparente harmonia, para provocar excitação, tesão, caos.
Relações sadomasoquistas envolvem a violência física ou psicológica entre os sujeitos e se alimentam da energia do caos primordial, das pulsões agressivas e sexuais, não domesticáveis, do inconsciente em suas realidades. O poder circula entre os envolvidos, onde o tirano só se sustenta no seu lugar  pela  legitimação de sua vítima. Quando a vítima se revolta e altera sua posição, subitamente o tirano se perde e então, passa a sofrer, tornando-se, então, vítima.  Uma dialética sem fim: fazer sofrer e fazer-se sofrer.



Que as relações problemáticas desgastam, consomem e fazem mal aos que as vivem é de conhecimento geral. Mas o que fazer com isto? Como manejar o seu próprio desejo, ao ver-se envolto nessa situação? Se você ama alguém, deseja alguém, mas percebe que está vivendo uma relação problemática?

Cada sujeito vai ter que responder por sí, responsabilizando-se pela sua condição, pela sua existência, pelo seu sofrimento e pelo seu gozo. Sem amadurecimento emocional, alienados de nossas próprias histórias e conflitos inconscientes, projetamos no outro as nossas demandas, as nossas vicissitudes, as nossas frustrações.

Usar a energia agressiva e explosiva que há dentro de cada um de nós para criar é uma possibilidade. Inventar a vida com arte, com paixão, com desejo. Se dedicar as atividades artísticas, culturais, humanitárias, ao sublimar as pulsões agressivas e sexuais para fins mais elevados.

Ser primeiro um, para depois ser dois. Conhecer sua singularidade para então respeitá-la, em suas potencialidades e limites, ao fazer o mesmo com o outro; é uma via de encontrar melhoras nos relacionamentos humanos.    

O que você sente e pensa sobre isto? Comente.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

BISSEXUALIDADE: AINDA UM TABU?



A bissexualidade ainda é um tabu?


Depende. Mas muitas vezes é.

As crenças sobre o interesse afetivo, erótico e sexual por ambos os sexos variaram muito ao longo da história humana. Ainda hoje, as opiniões sobre o assunto são múltiplas. Para os mais modeeerrrnos, tende a ser algo normal. Afinal, o que está aí é para ser consumido e aproveitado: produtos, lugares, experiências, pessoas: homens e mulheres. Algumas pessoas, mais conservadoras, a enxergam como uma questão de indefinição, confusão ou inconsistência subjetiva. Outras, ainda mais conservadoras, entendem a bissexualidade como perversão, lascividade.

Freud, ao teorizar sobre a realidade do inconsciente, revelou que a sexualidade infantil é perversa e moliforma e que toda a sexualidade é infantil. Portanto, toda sexualidade, a nível inconsciente, é perversa polimorfa, ou seja, pode encontrar satisfação em diferentes tipos de objetos. Não é nada incomum pessoas adultas que são hetero revelarem experiências homo na infância. É a nível da consciência que definimos os nossos objetos de interesse prioritários, ou seja, homens hetero gostam apenas de mulheres, mulheres homo gostam apenas de mulheres, e por aí vai. É a nossa história de vida que define os processos identificatórios que irão constituir o nosso eu, a nossa consciência, que irá nos dizer qual a nossa identidade sexual. Nossa consciência é também constituída pela linguagem, pelos simbólos, pelos processos históricos e culturais. Em algumas sociedades, como no caso da Grécia Antiga, os homens mantinham relações afetivo-sexuais entre eles, e as mulheres eram reservadas apenas a procriação. Hoje em dia podemos ver uma supervalorização do contato sexual entre mulheres. A maior parte dos homens manifesta o desejo de transar com duas mulheres juntas, por ser algo extremamente sensual.  Os homens, na maior parte das vezes, encontram mais dificuldade de vivenciar a bissexualidade, devido ao machismo.

A organização sexual da sociedade é fundamental para o funcionamento desta, e por isto a sua existência. Michel Foucault escreveu sobre as relações entre as forças de poder que envolvem as construções de subjetividades, os corpos, os sexos, mediadas por interesses políticos e econômicos. Chamou este conceito de biopoder. O sujeito contemporâneo busca  construir e desconstruir a sua identidade líquida, e assim o faz com a sua própria identidade sexual. Os parâmetros estão mudando, e alguns cientistas pensam que a tendência da humanidade é trilhar, cada vez mais, os caminhos da bissexualidade, ou polissexualidade, pois os limites entre o que é considerado feminino e o que é considerado masculino estão cada vez mais diluídos. Por que limitar as potências do ser?

Falar de sexo sempre gera furor.

E como eu adoro explorar paradigmas e falar sobre o que mobiliza e gera furor, fiz algumas perguntas para 3 mulheres que se consideram bissexuais. As perguntas e respostas a seguir:


1)Com que idade foi a sua primeira relação com uma menina?

Yasmin: 5, por aí.
Ariel: 14.
Rose: 21.

2) De quem foi a iniciativa? E como foi?

Yasmin: Foi minha, eu tinha uma melhor amiga e a gente tava sempre juntas. Eu dormia na casa dela e aí a noite a gente se beijava na cama.
Ariel: Foi da minha prima. Ela era mais velha e veio me beijar. Eu retribuí.
Rose: Não lembro de quem foi. Eu estava bêbada, perguntei isso pra ela no dia seguinte mas ela não lembrava também. Foi ótimo, ela era de outra cidade. A gente ficou numa noite e na outra também, dormimos de conchinha. Ela me convidou para ficar mais um dia com ela, no apartamento dela, mas eu achei demais. Depois ela voltou pra cidade dela.

3) Você já fez sexo com mulheres? E qual é, para você, a diferença de sexo com homens?

Yasmin: Já fiz. É gostoso, mas a diferença é que é mais sutil. Com homens rola mais dor, agressividade. Com mulher é algo mais carinhoso, mais sedoso, macio. Pelos menos nas experiências que tive.
Ariel: Sou bissexual e sinto prazer com ambas as anatomias, mas são coisas distintas. Quando estou com uma mulher, perco o referencial masculino.
Rose: Não. Por medo, vergonha, falta de vontade... sei lá.

4) Você se culpa por viver sua bissexualidade?

Yasmin: Já me culpei. Uma vez me apaixonei por uma menina e fui pra terapia achando que eu era lésbica. Percebi que não era bem assim depois de um tempo, que eu gostava de homens, muito, mas que mulheres também tinham a sua magia. Dizem que sempre existe uma tendência mais forte para um lado, acho que o meu é para o lado dos homens, porque o sexo com homem é delicioso para mim. Eu prefiro.
Ariel: Não. Nunca fui muito dependente de conceitos de senso comum. Toda essa repressão social, familiar, não rolou comigo. Fui criada de forma liberal.
Rose: Não, porque eu acho muito natural a atração entre seres humanos, independente do sexo. Quando eu era mais nova me sentia estranha, talvez mais culpada, mas hoje eu penso que você não precisa escolher. Acho que você vai vivendo e uma hora vai preferir uma pessoa a outra, ou não...

E aí? O que você pensa sobre a bissexualidade?

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