segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ALIMENTOS AFRODISíACOS – com Júlia Rossini



Dizer que ”somos o que comemos” pode parecer piegas, mas quem está mais por dentro do assunto, como a nossa amiga Júlia Rossini (graduanda em Nutrição) nos ensina que neste caso – como em muitos outros – as aparências enganam. É fato que o que comemos intervém profundamente no funcionamento do nosso organismo, e podemos fazer uso desta necessidade primordial para potencializar alguns aspectos do nosso ser… como o apetite sexual!
É interessante saber que a palavra “afrodisíaco” vem de Afrodite, a Deusa do amor e da beleza dos povos Gregos.

Algumas perguntas que fizemos para a Júlia:
- Quais são os alimentos mais afrodisíacos que existem? Podemos ter acesso a todos eles?

Podemos sim ter acesso a  eles. Alguns estão constantemente presentes na nossa alimentação diária. Seriam eles: A Pimenta Malagueta, os Ovos, Aspargos, Mel , Melancia, Amendoim, Cacau, Catuaba, Gengibre, Frutos do mar como: Ostras, Lula, Mariscos, Camarão, Polvo...; entre outros.

-Existe comprovação científica de que eles realmente funcionam?

A comprovação existe com o fato de que esses alimentos possuem alguns nutrientes específicos que: aumentam a produção de homôrnios sexuais, aumentam a produção de espermas; aumentam a libído, atuam como vasodilatadores dos órgãos sexuais, alguns auxiliam na maturação do óvulo, outros aumentam a sensação de prazer e paixão, etc.

- O efeito é a curto ou a longo prazo? Trocando por miúdos: se tenho um compromisso a noite e quero estar “caliente”, a que horas devo comer o alimento afrodisíaco, por exemplo?

Neste caso eu indicaria os alimentos que atuam na vasodilatação por terem um efeito mais imediato, como: Pimenta, Melância, Amendoim, Gengibre, etc.

-Existe alguma contra-indicação?

Alguns desses alimentos podem se tornar irritativos para aquelas pessoas que apresentam gastrites, hemorróidas e diverticulites ,como: a pimenta e o gengibre, podendo piorar o quadro da doença.

- Sabe nos dizer uma receita que inclui alimentos afrodisíacos?

1)Uma receita simples e que eu gosto muito, inclusive consumo todos os dias é o suco de Melancia com Gengibre. Apenas bato no liquidificador uma fatia grande de melância, um pedaço de gengibre a gosto e gelo. Super Prático e delicioso principalmente para o verão!
2)Outra receita que eu indicaria seria um risoto de frutos do mar ( Com ostras, lulas, camaroes, marisco, etc) e com muita pimenta malagueta!
3) Aspargos no alho e óleo também é prático e muitíssimo saboroso.

- Para você, além dos alimentos, o que torna a vida mais afrodisíaca?

Além desses alimentos maravilhosos no sabor e nos benefícios que eles podem nos trazer, o que torna a vida mais afrodisíaca para mim, sem dúvidas, é a paixão, seja ela imediata ou de longa data.

                                                  Julia Rossini

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

RELACIONAMENTO ABERTO...TE QUERO COM LIBERDADE.


Vocês se gostam muito e realmente há algo de especial na relação, mas... contudo… porém… não querem perder a liberdade,  a tão valorizada individualidade de cada um. Sentem-se bastante atraídos um pelo outro mas não negam o fato de que também se atraem por outras pessoas. E agora? Como manejar o relacionamento?

Este é um drama atual, mas alguns casais de vanguarda, como Jean Paul Sarte e Simone de Beauvoir, por exemplo, já experimentaram o vínculo aberto lá nos anos 30, na França. Ambos eram  pensadores existencialistas, que acreditavam na experiência da escolha e da liberdade como algo fundamental da existência humana. Detalhe: o relacionamento deles durou a vida toda.


     Simone e Sartre no Rio de Janeiro

Quem nunca se sentiu enclausurada em uma relação que não dava margem a expressão do desejo?  Quando a exclusividade se torna uma obrigação (e não uma escolha), ela pode virar um peso, por muitas vezes insustentável. As certezas imaginárias que são construídas nas formulações do casal (do tipo: você é só minha e/ou eu tenho você quando eu quiser, etc e tal) tolhem o inesperado, a dúvida, o mistério da relação.

É uma revolução paradigmática, pois a maior parte de nós foi criada para pensar e fazer diferente.  Afinal, temos todas a capacidade de romper com a lógica da exclusividade, da fidelidade sexual, do controle mútuo? Suponho que não. Muitas pessoas podem se satisfazer com o modelo mais tradicional de relacionamento e serem mais contentes assim.

Para as que optam pelo relacionamento aberto, imagino que algumas questões  venham à tona. Quando temos a consciência de que o desejo do nosso parceiro não é exclusivamente nosso, temos a tendência a querer conquistá-lo continuamente. E vice-versa. E o ciúmes? Ao invés de ser um obstáculo a relação, pode se tornar um condimento apimentado na receita de desejo do casal? Um ponto fundamental é a higiene sexual, por isto, sexo seguro é essencial nesse tipo de relacionamento.

Quanto mais liberdade, mais responsabilidade. Com isto em vista: ESCOLHA!

E você? O que pensa do relacionamento aberto? Comente. J


Escrito por - Taoana - 



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

AMOR (OU PAIXÃO?) DE VERÃO!


Ahh... o verão…peles bronzeadas, praias, poucas roupas, as melhores festas, pessoas bonitas circulando e exibindo seus corpos...
Esta estação esbanja sensualidade. É propícia para paquerar, namorar ou quem sabe até para encontrar o grande príncipe encantado (sonhe! hahaha). O termo amor de verão, como normalmente chamamos, me intriga, pois entra na discussão de como entendemos esse sentimento que é o amor. Por isto, prefiro chamar de paixão de verão, mais autêntico não acham?

Pois bem, este sentimento intenso e explosivo que nos tira a razão, expressa tanta ambigüidade de sensações, que pessoas nesse estado insano acreditam muitas vezes estar enlouquecendo!
Há várias crenças sobre esse encontro entre dois corpos: uns dizem que existe uma explicação biológica, outros que há de se explicar cosmologicamente. Eu sou da opinião - à partir de estudos psicanalíticos - de que algo na pessoa apaixonante nos remete a um traço (ou traços) que mesmo que inconscientemente nós admiramos e desejamos, e pronto, quase que como mágica, o fascínio se instaura. É sua paixão no céu e você na terra! O mundo começa a girar ao redor dele...A angústia espreme seu peito, sua vaidade está nas alturas, seu olhar brilha e você se sente mais disposta a interagir com a vida social (que pra você nada mais tinha de espetacular).

Há uma mistura de fenômenos : ciúmes, alegria, agressividade, gargalhadas, arrepios entre outras coisas que acontecem conosco e que nos deixam sem saber como agir.
A paixão: algo exaustivo que requer muito investimento de libido na pessoa desejada. Nós idealizamos, nos iludimos e entramos em um mar intenso de ondas que vão e vem, assim como os movimentos que existem entre a razão e o coração.
Quem nunca se apaixonou só por uma estação? É...se você está pensando que eu sou insana e que isso nunca aconteceu e nem irá acontecer com você, desculpe, mas você não sabe o que está perdendo. Eu sei, eu sei! Você pode estar pensando: para que se entregar para um desejo que irá durar tão pouco? Aí está a alma do negócio. Nossa mente é poderosa o suficiente para fantasiar, e você pode imaginar coisas para além dos fatos empíricos! Sonhe, se iluda, se entregue, fique vulnerável, não tenha medo. 

Acredite, é gostoso e você aprende muitas lições desta maneira. Quem sabe a paixão não amadureça e vire uma grande história de amor? Na vida real, histórias de amor não precisam durar para sempre.
Caso o romance dure apenas uma estação, confie em mim, ainda vale a pena. O tempo passa, você se sente mais forte  e quando menos esperar....sim, você cairá nas garras de uma nova paixão! Pois a vida é feita de ciclos, e enquanto houver vida, haverá um próximo verão!

E como diz o meu querido e amado Freud: “Fica-se muito louco quando apaixonado.”
Portanto, permita-se viver intensamente e enlouquecer de vez em quando... sua vida vai ser muito mais emocionante!

Escrito por -Bárbara- 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

JOGOS DE SEDUÇÃO


É discurso corrente no senso-comum: se queremos conquistar alguém, precisamos jogar. Muitas músicas e filmes trazem a idéia do jogo do amor a nossa intersubjetividade. Dizem por aí que quem não joga, vai com sede ao pote e revela tudo o que sente e pensa, de cara ou alterada, se dá mal. Vai sofrer no amor, vai ser rejeitada, apenas usada, etc. Mas será? Como jogar sem perder a espontaneidade, sem se tornar artificial? Como ser estratégica sem perder a naturalidade e a magia de simplesmente ser? É, afinal, preciso jogar para seduzir e conquistar?

Segundo o Minidicionário Aurélio (2010), Jogo quer dizer:  1. Atividade física ou mental fundada em sistema de regras que definem a perda ou o ganho. 2. Passatempo. 3. Jogo de azar, aquele em que a perda ou o ganho dependem mais da sorte do que do cálculo. 4. O vício de jogar. 5. Série de coisas que forma um todo, ou coleção. 6. Conjugação harmoniosa de peças mecânicas com o fim de movimentar um maquinismo. 7. Balanço, oscilação. 8. Manha, astúcia. 9. Comportamento de quem visa obter vantagens de outrem.

Vivemos em uma sociedade que fabrica valores comuns, massificados, que são apropriados pelas pessoas e acabam fazendo parte do nosso psiquismo. Podem não ser idéias que correspondam ao que realmente sentimos, mas  que circulam entre os diferentes meios e determinam um grande número de práticas sociais. Essas idéias comuns justificam os preconceitos. Mentes menos críticas não problematizam estes preconceitos e os reproduzem quase sem pensar. A idéia de que é preciso jogar para conquistar é um exemplo disto, e muita gente acredita nela sem refletir mais sobre o assunto.

Vamos imaginar uma situação hipotética… Você está solteira, há algum tempo sem namorar, um pouco carente de ouvir coisas bonitas e de ter alguma segurança emocional.  Então, sai na balada e conhece alguém. O papo flui, o beijo é bom e a coisa toda se desenvolve bem. Tem química no pedaço. A noite está chegando ao fim e a pessoa te convida para ir para algum lugar, para sua casa, por exemplo. Neste momento se instala o primeiro dilema moral, que pode não ser percebido no momento (e provavelmente não  será, se você tiver alterada). Se  o sexo for muito fácil, dizem por ai que o homem não valoriza a mulher. Tudo bem, na hora você não pensou e foi. Fez o que desejava,  foi tudo lindo e gostoso. Você sentiu muita satisfação e tremeu da cabeça aos pés. Ao final da ‘ópera’ voltou pra casa, tomou um banho, dormiu e não lembra do que sonhou.

No outro dia, com seu estado de consciência “normalizado,” você acorda e lembra da noite passada. Lembra do beijo, do carinho no pescoço, do sexo, e sonha um pouquinho acordada. Constata que ficou afim do sujeito e ouve aquela vozinha ecoando na sua mente: “quero mais!.” A moral começa a bater e você se questiona se agiu certo e se ele vai ligar, ou se vai adcionar no facebook, ou se vai mandar mensagem; enfim, se vai te procurar de novo. E se ele procurar, como agir? E se agir, o que esperar? A imaginação é uma das coisas mais maravilhosas em nós, mulheres. Precisamos usá-la em nosso favor.

Se fosse agir de maneira espontânea, no próximo encontro ( mesmo que virtual ) com o sujeito você iria lhe dizer “toda a verdade”. Que não parou de pensar nele um segundo, que o beijo dele é fantástico, que o sexo foi fabuloso e que só de lembrar você fica excitada novamente, entre outras milhares de possibilidades da fantasia. Contudo, você aprendeu que precisa jogar. Que, em primeiro lugar, deve esperá-lo e não ir procurá-lo, que deve agir como se o ocorrido não tivesse significado muito na sua vida, afinal, você quase nem lembra mais que ele existe. Jogar e se fazer de difícil parecem sinônimos. Mas será que são?

Conversando com alguns homens, eles  contam que realmente gostam de desafios, e que mulheres que são difíceis tendem a ter mais graça para eles. Contudo, desafio e dificuldade são conceitos que não se resumem em poucas palavras. Você pode encontrar diversas formas de ser um difícil desafio, se desejar o ser. Não existe, para uma alma criativa, a necessidade de seguir as velhas fórmulas massificadas que envolvem, principalmente, o quesito de permanecer na passividade. Bancar a mulherzinha que não sabe o que deseja, em pleno século XXI?

Presenciamos um momento histórico de muitas transformações objetivas e subjetivas. Instituições que sempre regeram o funcionamento da sociedade são questionadas e valores que norteavam as condutas agora pouco valem. Apesar das mudanças, é fato que o desejo e a falta se relacionam intimamente na mente humana. Permitir que o outro sinta a sua falta tem grandes chances de  mobilizar o seu desejo por você. Respeitar a singularidade de cada um, tanto a sua quanto a do outro, conferindo espaço e tempo para que o desejo possa aparecer nas fissuras, nos intervalos, nas pausas da convivência. É preciso entender que existimos com diferenças e que nos tornamos mais sensuais ao alimentar a movimentação da libido em atividades que nos envolvam, que nos estimulem, que nos excitem. Tudo bem se você gosta de dançar jazz e ele ama jogar futebol. Isto é lindo.

Existe, honestamente, algo mais sedutor do que uma pessoa apaixonada pela sua própria vida? Quem se ama, amando o que faz, amando as pessoas com quem convive, estando conectada com as coisas e com o mundo, é capaz de seduzir com mais autenticidade.


E o seu jogo? É a divertida estratégia de criar a sua história.


Escrito por -Taoana-