segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

RELACIONAMENTO ABERTO...TE QUERO COM LIBERDADE.


Vocês se gostam muito e realmente há algo de especial na relação, mas... contudo… porém… não querem perder a liberdade,  a tão valorizada individualidade de cada um. Sentem-se bastante atraídos um pelo outro mas não negam o fato de que também se atraem por outras pessoas. E agora? Como manejar o relacionamento?

Este é um drama atual, mas alguns casais de vanguarda, como Jean Paul Sarte e Simone de Beauvoir, por exemplo, já experimentaram o vínculo aberto lá nos anos 30, na França. Ambos eram  pensadores existencialistas, que acreditavam na experiência da escolha e da liberdade como algo fundamental da existência humana. Detalhe: o relacionamento deles durou a vida toda.


     Simone e Sartre no Rio de Janeiro

Quem nunca se sentiu enclausurada em uma relação que não dava margem a expressão do desejo?  Quando a exclusividade se torna uma obrigação (e não uma escolha), ela pode virar um peso, por muitas vezes insustentável. As certezas imaginárias que são construídas nas formulações do casal (do tipo: você é só minha e/ou eu tenho você quando eu quiser, etc e tal) tolhem o inesperado, a dúvida, o mistério da relação.

É uma revolução paradigmática, pois a maior parte de nós foi criada para pensar e fazer diferente.  Afinal, temos todas a capacidade de romper com a lógica da exclusividade, da fidelidade sexual, do controle mútuo? Suponho que não. Muitas pessoas podem se satisfazer com o modelo mais tradicional de relacionamento e serem mais contentes assim.

Para as que optam pelo relacionamento aberto, imagino que algumas questões  venham à tona. Quando temos a consciência de que o desejo do nosso parceiro não é exclusivamente nosso, temos a tendência a querer conquistá-lo continuamente. E vice-versa. E o ciúmes? Ao invés de ser um obstáculo a relação, pode se tornar um condimento apimentado na receita de desejo do casal? Um ponto fundamental é a higiene sexual, por isto, sexo seguro é essencial nesse tipo de relacionamento.

Quanto mais liberdade, mais responsabilidade. Com isto em vista: ESCOLHA!

E você? O que pensa do relacionamento aberto? Comente. J


Escrito por - Taoana - 



2 comentários:

  1. oi meninas ,estou num empasse,acabei de sair de um relacionamento homoafetivo de doze anos.Bom sei la,cansei dessa relação.Não sei se vcs vão entender,mais apesar de viver com uma mulher durante esses anos todos eu não gosto delas,gosto de homem,mais amo a minha companheira,jamais me relacionaria com outra mulher.Bom,deixei dela por chegar a conclusão que para ela esse relacionamente é mais maternal do que outra coisa,eu estou bem,pensei que iria sofrer mais.Frequento uma psiquiatra e ela me disse que apesar de no sexo ser bom ,algumas colunas que um homem preencheria,ela deixa vazia,por isso fico tão irritada com ela(companheira),tenho bipolaridade,pensei que fosse disso ,mais minha médica me tranquilizou.O que vcs acham,me ajudem,preciso de um concelho.Tao,vc ja me conhece,e ja me ajudou.beijos.

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  2. Oi Maria Amor... Realmente, a sexualidade humana é algo plural, e não pode ser resumida nem estereotipada, como muitas vezes tentamos fazer. Em primeiro lugar acredito que você possa ficar tranquila sobre isto. Em diferentes momentos, podemos gostar de diferentes pessoas, independentemente do gênero. Evite rótulos, você tem uma existência singular. Se a sua relação chegou ao fim porque você cansou ou estava se sentindo insatisfeita, sustente a sua escolha e siga em frente criando novas relações e outras oportunidades de se realizar como pessoa. Pratique atividades que te deem prazer, encontre suas amigas e amigos, se divirta e fique aberta. As coisas fluem... Existem colunas que sempre permanecerão vazias, e que nenhum outro homem ou mulher irão preencher. Estes espaços vazios são justamente o que nos movem em direção ao mundo, nos tornando desejantes. Faça uso deles, crie! Obrigada pela sua participação e traga suas questões sempre que quiser :)

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